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Projeto discutido no Senado define regras para a profissão de diarista

Em todo o Brasil existem mais de 2,3 milhões empregados diaristas. Brasileiros que costumam ter mais de um patrão e quase nenhum direito. Mas agora o Senado pretende regulamentar a profissão.

A profissão de empregada doméstica já está regulamentada. Não há duvidas sobre os direitos e os deveres trabalhistas de patrões e empregados. Com as diaristas, é diferente.

Dois, três ou quatro vezes por semana. Até hoje não existe definição legal da quantidade de dias trabalhados por semana que caracteriza a atividade de diarista.

Por isso, nos últimos anos, a Justiça do Trabalho tem tomado decisões diferentes sobre o assunto. O senado quer acabar com essa confusão e se prepara votar um projeto que vai criar a profissão de diarista.

Proposta

A proposta original previa vínculo empregatício a partir de dois dias de trabalho por semana. O patrão seria obrigado a assinar a carteira do funcionário e a pagar o INSS da empregada.

Mas o projeto mudou: vínculo, só a partir do terceiro dia de trabalho. Em compensação, as diaristas teriam duas garantias: jornada de trabalho de oito horas e piso salarial de um quinze avos do salário mínimo, algo em torno de R$ 30 por dia.

Opinião

Para o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Milton de Moura França, a regulamentação é bem-vinda. E o mais importante: ela deve preservar o equilíbrio entre os interesses dos patrões e dos empregados.

“Eu acho que o que é fundamental é assegurar as condições mínimas de dignidade pra quem trabalha, compatível com aquilo que nós podemos dentro da realidade econômico-financeira do país suportar”, afirma França.