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Acusada de jogar a filha na Lagoa da Pampulha é considerada culpada

Por seis votos a um, o Conselho de Sentença (sete jurados) considerou culpada, pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, a promotora de vendas, Simone Cassiano da Silva, acusada de ter jogado sua própria filha na Lagoa da Pampulha, Belo Horizonte. Ela foi condenada à pena de oito anos e quatro meses de reclusão em regime inicialmente fechado. Para fixar a pena, o juiz baseou-se na lei, considerando as circunstâncias, histórico de culpabilidade da ré, conseqüências do crime e comportamento da vítima.

O julgamento, presidido pelo juiz Leopoldo Mameluque, que começou às 9h05 do dia 19/01/07, terminou às 12h45, do dia 20/01/2007, no Salão do I Tribunal do Júri da capital, no Fórum Lafayette. Preocupado com o bem-estar dos jurados, durante todo o tempo, o juiz os consultou para saber se estavam à vontade para continuar com o julgamento, ao que responderam que sim, parando algumas vezes para que pudessem lanchar.

O Conselho rejeitou as teses da negativa de autoria e desclassificação do crime tentado para abandono, como tentou convencer o advogado Mateus Vergara durante a apresentação de seus argumentos. Ele alegou que faltavam provas de ter sido Simone Cassiano quem jogou a criança na lagoa. O promotor Luciano França da Silveira Júnior tentou convencer os jurados de que Simone sabia de sua gravidez e premeditou o crime contra a própria filha, por motivo torpe e através de meio cruel, o que caracteriza a tentativa de homicídio qualificado. Quanto ao quesito referente ao crime ter sido cometido contra descendente, os jurados responderam afirmativamente.

O advogado pode recorrer da decisão, mas o juiz negou à acusada o direito de aguardar eventual recurso em liberdade. Ela continua na Penitenciária de Mulheres Estevão Pinto, onde ficou presa até o dia da sentença, dia 20/01/07.