Press "Enter" to skip to content

Investir em prevenção reduziria gastos da Previdência com trabalhadores acidentados no trabalho

Priorizar a prevenção aos acidentes de trabalho no país é a principal recomendação do estudo realizado por pesquisadores de Universidades da Bahia e de Brasília, com apoio do Ministério da Saúde sobre os custos previdenciários provocados por essas ocorrências no estado.

“A previdência poderia assumir um papel importante na prevenção dos problemas de saúde do trabalhador”, afirma a pesquisadora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, Vilma Souza Santana. Ela cita dados de países que reduziram o número de ocorrências com políticas efetivas de prevenção a esses acidentes. Um exemplo é a Inglaterra onde a mortalidade por acidente de trabalho é 17 vezes menos do que no Brasil.

O estudo aponta ainda os setores onde as ações de prevenção são prioritárias, entre eles, construção civil, indústria de transformação e a agricultura. Ainda segundo a pesquisa é preciso aprimorar os dados disponíveis na previdência social para orientar a construção das políticas públicas de prevenção.

O número de acidentes de trabalho no país aumentou 4,8% no ano passado em comparação a 2004, atingindo 528.134 registros. Nesses acidentes morreram 2.708 pessoas, número 4,6% menor do que em 2004. Em um terço dos casos, os trabalhadores sofreram algum tipo de traumatismo nas mãos e punhos, como amputação, queimaduras, corte ou esmagamentos, segundo informou o secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer.

Na avaliação dele, a falta de modernização nos equipamentos e no sistema de operação podem justificar essas ocorrências. “Muito provavelmente, têm origem em técnicas obsoletas de operação e máquinas obsoletas”.