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Ex-ministro diz que rejeição de contas pode levar a três tipos de processo

Três tipos de processo poderão ser instaurados caso as contas de campanha do presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva não sejam aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): investigação judicial, recurso contra a concessão do diploma ou impugnação do mandato. O julgamento será hoje, às 19h.

Uma ação desse tipo, a princípio, deveria ser proposta pelo Ministério Público, que receberá cópia da decisão do TSE. Mas segundo o ex-ministro do tribunal Fernando Neves, qualquer outro “legitimado interessado” nas contas do presidente, como partido político ou candidato, pode fazê-lo.

A ação de investigação judicial pode ser aberta imediatamente depois do julgamento das contas, de acordo com o ex-ministro, e o processo contra a diplomação ou pela impugnação do mandato dependeria ainda de publicação da decisão do TSE no Diário da Justiça. O MP propõe a ação, que é julgada pela Justiça Federal. “Mas apenas se o fato que levar à rejeição das contas tiver uma importância que tenha influenciado no resultado das eleições”, explicou Fernando Neves.

Independentemente da aprovação ou não, Lula será diplomado. A lei eleitoral prevê que, para a diplomação, é preciso apenas o julgamento e não a aprovação. As contas do presidente serão julgadas pelos sete ministros do TSE e o relator do processo é o ministro Gerardo Grossi.

Ontem, o presidente do tribunal, Marco Aurélio Mello, disse ser contra a aprovação das contas com ressalvas. Segundo ele, não haverá “coluna do meio” no julgamento. “Ou se aprova ou se desaprova”.