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Recebida denúncia contra acusados de crime em Santa Teresa

O juiz em exercício da 37ª Vara Criminal da Comarca da Capital, José Alfredo Soares Savedra, recebeu hoje (dia 30 de maio) a denúncia contra Alan Marques da Costa e Cláudio Márcio Baptista de Mattos, acusados de latrocínio, estupro e atentado violento ao pudor da fonoaudióloga Márcia Maria Lopes Coelho, de estupro e atentado violento ao pudor de sua filha adolescente A. P.L.C.C L., de roubo contra Luiz Paulo Sá da Costa Lopes – ex-marido de Márcia e pai da menor – e por resistência à prisão.

O crime – considerado hediondo – ocorreu em Santa Teresa, em 26 de abril na residência das vítimas. Os dois réus já estão com a prisão preventiva decretada pelo juiz Savedra, desde o dia 25 de maio. Cláudio Márcio, conhecido também como Claudinho, ainda se encontra foragido. O juiz também aceitou o pedido do Ministério Público, em relação ao arquivamento do Inquérito do acusado Marcelo Melo Gonçalves dos Santos, que morreu enforcado em cela onde estava preso, na Polinter. A denúncia foi proposta pelo promotor Plínio de Sá Martins, em 28 de maio.

De acordo com a denúncia, Marcelo (falecido) e Alan, em 24 de abril deste ano, na casa deste último, na Vila Kennedy, “combinaram praticar roubo na residência onde Alan estava trabalhando como pedreiro há cerca de quatro meses, pois lá, segundo Alan, que forneceu todos os detalhes, havia vários objetos de valor e cartões de crédito a serem subtraídos, ficando acertado que o delito seria praticado na quinta-feira, dia 26/04/01, às 18h30m”.

A denúncia informa ainda que Marcelo pulou o muro da casa, que fica na Rua Laurinda Santos Lobo, 44, em Santa Teresa, e dirigindo-se ao apartamento nº 101, rendeu sob grave ameaça de arma de fogo o adolescente M. L. C. C. (15 anos), levando-o para o quarto da irmã, sendo amarrado e posto embaixo da cama. Em seguida, Marcelo fez com que a adolescente de 13 anos percorresse com ele a casa e mostrasse onde estavam os objetos de valor e jóias, ameaçando-a constantemente de morte, além de acariciá-la em várias partes do corpo. Consta também na denúncia que os dois irmãos “reconheceram Alan como sendo o pedreiro que ali trabalhava”.

A fonoaudióloga Márcia Maria chegou em casa por volta das 19h30m daquele dia e foi dominada e amarrada com fios pelos três acusados, sendo levada primeiramente para o quarto onde se encontrava o filho, onde entregou a chave do veículo Santana Quantum, e depois para o quarto onde estava a filha. Por volta das 20 horas, chegou o pai dos dois adolescentes que, por imposição dos assaltantes, fez com que Márcia pedisse que o mesmo subisse, alegando que a filha estava doente. Chegando ao apartamento, também foi rendido. As vítimas foram ameaçadas de morte com revólver e facão e em seguida tiveram roubados documentos, cartões de crédito, celular, relógio, as chaves e o documento do carro e de posse das senhas, o acusado Cláudio saiu de carro com Paulo para fazer saques em caixas eletrônicos.

Enquanto isso, dentro da residência, começaram os abusos sexuais, estupros e torturas contra Márcia e sua filha – que estavam impossibilitadas de oferecer qualquer resistência, por estarem amarradas –, culminando na morte, por golpe de facão, da fonoaudióloga. Com a chegada da Polícia Militar, houve resistência dos acusados, com troca de tiros.